O Brasil é o oitavo país com o maior número de suicídios. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 32 brasileiros morrem diariamente vítimas de suicídio. Os dados são ainda mais alarmantes em relação aos jovens. O suicídio mata mais pessoas entre 15 e 29 anos.
O comportamento suicida envolve fatores sociais, psicológicos e outros que podem ser combatidos. Por isso, setembro foi escolhido pela Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, o mês de combate ao suicídio com a campanha Setembro Amarelo.
Como Reconhecer os Sinais de Alerta do Suicídio
As pessoas que falam sobre o suicídio não querem apenas chamar a atenção, todas as ameaças de se fazer mal devem ser levadas muito a sério.
Dificilmente o suicídio é um ato impulsivo e acontece sem aviso, geralmente o suicídio é planejado durante algum tempo. Muitos indivíduos suicidas comunicam algum tipo de mensagem verbal ou comportamental sobre as suas ideações da intenção de se fazerem mal.
A maioria dos indivíduos suicidas não querem morrer ou estão decididos a matar-se, a maioria dos suicidas partilham os seus pensamentos com pelo menos uma outra pessoa, ou ligam para emergência ou um médico, o que constitui prova de ambivalência, e não de empenho em se matar.
Após uma pessoa tentar o suicídio e sobreviver, depois mostrar sinais de melhoria, ele não está fora de perigo. Na verdade, um dos períodos mais perigosos é imediatamente depois da crise, ou quando a pessoa está no hospital, na sequência de uma tentativa. A semana que se segue à alta do hospital é um período durante o qual a pessoa está particularmente fragilizada e em perigo de se fazer mal outra vez.
Nem todos os suicídios podem ser associados à hereditariedade e estudos conclusivos são limitados. Uma história familiar de suicídio, no entanto, é um fator de risco importante para o comportamento suicida, particularmente em famílias onde a depressão é comum.
Nem sempre as pessoas que tentam ou cometem suicídio têm alguma perturbação mental. Os comportamentos suicidas têm sido associados à depressão, abuso de substâncias, esquizofrenia, bipolaridade e outras perturbações mentais, no entanto, esta associação não deve ser sobrestimada. A proporção relativa destas perturbações varia de lugar para lugar e há casos em que nenhuma perturbação mental foi detectada.
Falar sobre suicídio, não dá a ideia de suicídio à pessoa.
O suicídio acontece a todos os tipos de pessoas e encontra-se em todos os tipos de sistemas sociais e de famílias, não pense que essa ideia nunca passe pela sua cabeça.
Dado que não entendem que a morte é final e são cognitivamente incapazes de se empenhar num ato suicida, embora seja raro, as crianças também cometem suicídio e, qualquer gesto, em qualquer idade, deve ser levado muito a sério.
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