Fomos morar em uma casa que pertenceu aos avós da minha mãe, ela ficava em uma colina, ela convenceu meu pai a nos levar para lá. Era uma casa muito grande, lembrava uma antiga mansão! O lugar era em meio a uma mata fechada a única forma de chegar lá era por uma única rua de terra sem iluminação. Ela ficava isolada não havia outras moradias por perto, não tinha ainda luz elétrica, tinha de ser alimentada por um gerador. Minha mãe por várias vezes havia colocado essa casa a venda, mas a necessidade de cuidar desse patrimônio, nos fez viajar para lá passar uns dias. Ela precisava de muita manutenção e reparos, imaginávamos que seria isso a dificuldade de vende lá. Mas as pessoas das cidades vizinhas sabiam algo dela que desconhecíamos, e tinham pavor daquela casa. Um tipo de maldição, pois a avó de minha mãe praticava magia negra por lá, e que uma tia de minha mãe a primeira filha, de um primeiro casamento morreu nesta casa. Mas por educação de nosso pai crescemos ateus e sem acreditar em espíritos, a unica informacao de Deus que tinhamos era por minha mãe, para nós não existia isso de bruxarias e vida após a morte, até aquele mês! Quando estava quase tudo pronto e instalado na casa, já estávamos exausto minha mãe e meu pai arrumaram seu quarto e estavam prontos para se deitar, assim como minha irmã, eu preferi deixar para tomar meu banho mais tarde e permaneci acordado por mais um tempo. Estava lendo meu livro deitado, mas não conseguia pegar no sono, o sinal das operadoras aqui eram nulos! Então trocar mensagens com o pessoal era impossível. Eu estava acabando de ler o livro, os olhos começam a pesar, decidi tomar banho, os quartos cada um tinha seu banheiro proprio, eu me levantei. Acabei de tomar meu banho e enquanto estava me secando ouvi passos no corredor, eram passos lentos arrastados, chamei por meus pais mais ninguém respondia. Então comecei a ficar preocupado, me vesti com uma bermuda e fui até a porta do banheiro e quando olho para a porta do meu quarto vejo um vulto perfeito aparecer! Fiquei no banheiro dizendo a mim mesmo que aquilo não era verdade meu sono estava me pregando peças! Bati a porta do banheiro e permaneci lá por algum tempo, o vulto era totalmente negro como uma sombra, quando decidi abrir a porta novamente, o vulto tinha sumido. Ainda estava tremendo assustado, achei melhor fechar a porta do quarto, deitei e cobri cabeça , eu estava com muito medo. Estava deitado com a cabeça coberta esperando o sono chegar não tinha coragem de olhar o quarto, esqueci que era ateu e comecei a rezar, rezava pra qualquer deus me proteger e afastar aquele vulto de perto de mim. Mas quando estava pegando no sono senti um puxão na minha perna, levantei em pânico e corri para o quarto de meus pais! Passei por aquele grande corredor sem nem olhar pro lado, quando cheguei a porta do quarto meus pais não estavam na cama, eles haviam sumido, na minha mente só passava um pensamento onde eles poderiam estar a esta hora da madrugada. Meu pavor dentro daquela casa, e agora me sentia sozinho, então fui até o quarto de minha irmã pra ver se estava tudo bem, comecei a andar no corredor só que agora em passos lentos, e observando, chamava por meus pais, mas eles não respondiam. Desci as escadas que davam para a sala devagar tinha medo até de respirar profundamente, minha irmã também não estava em seu quarto o que havia acontecido com minha família, quando cheguei na sala tive uma visão que quase fez meu coração parar de bater, era uma mulher estranha pálida bem a porta de entrada da casa, ela me olhava e estendia sua mão para mim e gemia. Não aguentei meu pavor subi as escadas novamente correndo e entrei no primeiro quarto que achei, era o de minha irmã, eu rezava sem parar, pais nossos e aves Marias estava suando frio não acreditava no que estava acontecendo. Foi quando vi a porta do quarto se abrir devagar era minha irmã entrando, pelo menos foi o que tinha pensado a primeira vista ela se sentou em sua cama de costas para mim, eu chamei por ela e ela começou a dar risadinhas de forma sinistra não parecia ela, eu me levantei estava com muito medo e perguntei do que ela ria, ela se virou para mim seu rosto estava irreconhecível, não era minha irmã. Sai do seu quarto aos berros pulei na minha cama, eu estava a ponto de ter um ataque de pânico queria correr daquela casa! Eu queria ir embora, foi quando meus pais entram na porta do quarto, escutei uma voz rouca não parecia a voz da minha mãe, mas eles se abaixaram até perto de minha cabeça eu os olhei fixamente não eram meus pais!] Já não suportava mais meu pavor e dei berro imenso de horror_ Naaaaoooo! Quando abri meus olhos já era de manhã, meus pais estavam me sacudindo para me acordar dizendo que gritava enquanto dormia, eu não acreditei que tudo aquilo tinha sido um pesadelo! Mas a única coisa que pedi para os meus pais era para irmos embora daquela casa, eles haviam concordado, ninguém mais queria passar outra noite lá, arrumamos tudo é fomos embora, enquanto o carro seguia a rua de terra se afastando daquela casa, me pareceu ter visto um vulto na janela que era do meu quarto mas preferi não comentar nada! O mais importante era que nunca mais eu iria voltar para lá…….
A Casa da Colina
Eduarda Rodrigues
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